Uma van da Secretaria Municipal de Educação em Armação dos Búzios, na Região dos Lagos do Rio, foi apreendida pela Polícia Militar na noite desta sexta-feira (5) com uma carga de medicamentos sem nota fiscal. De acordo com a PM, a ação ocorreu em auxílio ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ), que havia recebido denúncia de possível crime eleitoral.
Em nota (veja íntegra no final do texto), a Prefeitura disse ao g1 que vai apurar sobre a falta de notas fiscais e explicou que o veículo da Educação foi usado de forma emergencial, já que os medicamentos seriam necessários para um mutirão de cirurgia marcado para o dia seguinte. O g1 tenta saber se foi possível realizar o mutirão neste sábado (6).
Segundo a Polícia Civil, foram vereadores da cidade que informaram às autoridades a situação, que também foi acompanhada pelo Ministério Público (MPRJ).
O g1 também tenta informações sobre o caso com o MPRJ e TRE-RJ.
Um inquérito policial foi instaurado pela Polícia Civil, que esclareceu que ainda não há elementos concretos que comprovem relação do fato com a eleição suplementar que será realizada no próximo dia 28 de abril na cidade.
Íntegra da nota da Prefeitura:
"A Prefeitura Municipal de Armação dos Búzios informa que, na noite desta sexta-feira (05), chegou ao depósito do almoxarifado municipal uma carga de remédios. Esta estava solicitada para suprir o Mutirão de Cirurgia que aconteceria no dia seguinte Uma ação normativa e regular da Secretaria Municipal de Saúde, que contava com o reforço da medicação que seria entregue.
Ao constatar que a carga havia chegado sem o documento de Nota Fiscal, a equipe da Secretaria de Saúde interrompeu a entrega e solicitou a adequação da mesma.
Surpreendidos pela abordagem de um grupo de vereadores que chegaram junto a carga e já acionando as autoridades policiais, os servidores responsáveis se colocaram à disposição e fizeram todos os esclarecimentos solicitados.
A Prefeitura irá abrir um processo administrativo para entender o ocorrido e investigar. Reiteramos que todas as informações solicitadas pelas autoridades policiais foram informadas, que acreditamos no trabalho dos mesmos e que repudiamos atitudes ilegais e politiqueiras que prejudiquem a população.
Quanto ao uso do carro da Educação, foi uma medida emergencial, já que a empresa não fez a entrega dos medicamentos essenciais ao mutirão de cirurgia. E para não cancelar com os pacientes, foi adotada essa medida."