Portal de NotĂ­cias AdministrĂĄvel desenvolvido por Hotfix

SUS

Quedas levaram mais de 33 mil crianças ao SUS em 2023

Em 2023, mais de 33 mil crianças menores de 10 anos foram internadas em hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) em razão de quedas.


Foto: Agência Brasil - EBC

Em 2023, mais de 33 mil crianças menores de 10 anos foram internadas em hospitais do Sistema Único de SaĂșde (SUS) em razão de quedas. Os dados são da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), que alerta ainda que, de 2014 a 2023, o nĂșmero de internações nessa mesma faixa etĂĄria por quedas superou a marca de 335 mil casos.

Os nĂșmeros vão ser apresentados no 4Âș Congresso Brasileiro de UrgĂȘncias e EmergĂȘncias PediĂĄtricas, marcado para o perĂ­odo de 25 a 27 de abril em BrasĂ­lia. A faixa etĂĄria dos 5 aos 9 anos concentra o maior nĂșmero de registros: 197.567 internações. Na sequĂȘncia, estão crianças de 1 a 4 anos, com 111.567 internações; e crianças com menos de 1 ano, com 26.413 internações.

Para a SBP, as estatĂ­sticas demonstram a importância de manter cuidados preventivos para evitar acidentes e proteger a integridade fĂ­sica das crianças. A entidade avalia os dados como impactantes e destaca que grande parte desses eventos poderia ter sido evitada com medidas simples de prevenção.

Ainda de acordo com os registros oficiais, que incluem os motivos dos acidentes, as quedas ocorrem em diferentes situações, sendo as principais escorregões, tropeços ou passos em falso; quedas de escadas; quedas da cama; e quedas de ĂĄrvores ou mobĂ­lias, além de acidentes em parques e playground.

Como forma de evitar agravos à saĂșde das crianças, incluindo sequelas permanentes ou óbitos, a SBP divulgou uma lista de orientações a serem adotadas por adultos com o intuito de prevenir acidentes com quedas. Confira as indicações conforme a faixa etĂĄria:

Crianças com menos de 1 ano

- Nunca deixe o bebĂȘ sozinho no trocador ou em locais mais altos, como a cama. Essa costuma ser a primeira queda do bebĂȘ e, por ter a cabeça bastante volumosa em relação ao resto do corpo, ela chegarĂĄ primeiro ao chão, podendo causar traumatismos cranianos e encefĂĄlicos graves.

- Quando o bebĂȘ começa a controlar seus movimentos de braços e pernas e aprende a sentar, um reflexo de hiperextensão posterior faz com que ele, sem desejo disso, se jogue para trĂĄs e bata a cabeça no chão. "Por isso, o uso de almofadas e a presença do adulto cuidador são fundamentais", avalia a SBP.

- Se vocĂȘ estiver carregando o bebĂȘ ao colo, em escadas e degraus, apoie-se sempre no corrimão. Evite pisos lisos, molhados ou escorregadios.

- Nunca deixe o bebĂȘ sob os cuidados de outra criança. Caso o irmão ou outra criança queira pegĂĄ-lo no colo, oriente, ensine e proteja para que isso aconteça apenas com um adulto segurando também.

- O andador não deve ser usado – nunca, em nenhuma idade. Ele prejudica o desenvolvimento e o andar da criança e tem sido causa de graves acidentes, com traumatismos cranianos significativos.

- Não deixe o bebĂȘ em sofĂĄs ou cadeiras, como se fosse um apoio para aprender a sentar. O bebĂȘ não vai ficar parado, e as quedas podem acontecer. Brincar no chão, protegido, lhe darĂĄ muito mais espaço para se mover e desenvolver suas habilidades motoras.

Crianças de 1 a 4 anos

- Coloque telas nas janelas, sacadas e vãos desprotegidos, assim como laterais de escadas. Não deixe objetos, cadeiras, sofĂĄs e outros apoios próximos desses lugares de risco.

- Cuidado com superfĂ­cies molhadas e escorregadias que provocam o desequilĂ­brio e as quedas. Banheiro, pisos em geral e calçadas em volta de piscinas que estejam molhados devem ser proibidos para brincadeiras.

- Escolha bem os brinquedos de locomoção, como triciclos, patinetes e skates, que suportem o peso da criança e que tenham uma base segura, sem tombar com facilidade. Devem ser utilizados em locais apropriados, nunca em via pĂșblica e sempre com os equipamentos de segurança, como capacete, joelheiras, tornozeleiras e cotoveleiras.

- Cuidado com as camas do tipo beliche, que não oferecem segurança em nenhuma idade. Mesmo com proteção nas laterais, elas não são indicadas nos primeiros anos de vida e nem mesmo para crianças maiores. "Além da necessidade de proteção lateral, a cama de cima não deve ser mais alta que a altura da criança."

- Nunca deixe a criança sozinha, sem um adulto cuidador atento a ela.

Crianças de 5 a 9 anos

- A exploração de lugares além da casa pode se tornar intensa, e as quedas de muros, lajes, ĂĄrvores e brinquedos em parques são comuns. Para evitar acidente, a orientação e supervisão dos responsĂĄveis são fundamentais.

- Os brinquedos de locomoção vão se transformando. Seja em bicicletas, patinetes, skates e outros, equipamentos de segurança como capacete, cotoveleira, joelheira e tornozeleira devem ser condição de uso do brinquedo, independentemente do local, trecho ou tempo de uso.

- O uso do celular e de outras telas não pode ser permitido quando em vias pĂșblicas ou quando a criança estĂĄ em movimento, pelo desvio de atenção que desencadeia. "É preciso lembrar que o uso das telas nessa idade não deve exceder uma hora ao dia e não pode servir de companhia ou terceirização do cuidar."

Quedas SUS Crianças Sociedade Brasileira De Pediatria Saúde

Assine o Portal!

Receba as principais notĂ­cias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar GrĂĄtis!

Assine o Portal!

Receba as principais notĂ­cias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar GrĂĄtis!