Nesta terça-feira, a Polícia Civil do Rio de Janeiro deu início à Operação Prometheus, visando suspeitas de fraude em contratos firmados com a Petrobras. De acordo com as investigações, um grupo familiar de Cabo Frio entregou no mínimo 50 peças usadas, comercializadas como se fossem novas, para a companhia, comprometendo a segurança dos empregados e resultando em um dano financeiro de aproximadamente R$ 1,2 milhão.
Agentes da Delegacia de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro executaram 10 mandados de busca e apreensão na Região dos Lagos. Cinco empresários estão sob investigação por crimes de estelionato, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa.
As apurações indicam que esses indivíduos, pertencentes ao mesmo núcleo familiar, teriam constituído empresas especificamente para cometer fraudes em processos de aquisição de bens desde 2019.
Cerca de 3 mil contratos estão sob suspeita. A polícia iniciou as investigações a partir de um relatório da Petrobras, que apontou evidências de fraude.
Entre 2019 e 2022, as empresas implicadas firmaram aproximadamente 3 mil contratos, somando pagamentos de R$ 26 milhões. Todos os contratos foram efetuados por meio de compras diretas, sem licitação, por se tratar de transações de pequeno valor.
As fraudes envolviam a alteração de etiquetas e placas de identificação dos produtos, que, no entanto, apresentavam sinais de desgaste e oxidação característicos de peças usadas.