Geral Petrópolis

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou e conseguiu a prisão de quatro membros de uma mesma família por extorsão através de sequestro em Petrópolis.

A linha de investigação da Promotoria de Justiça e da 105ª Delegacia de Polícia aponta para suspeitas de que a vítima sequestrada foi assassinada pelo grupo e teve seu cadáver ocultado.

Por Redação

20/05/2024 às 09:37:09 - Atualizado há
Foto: Divulgação / MPRJ

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Promotoria de Justiça de Investigação Penal de Petrópolis, denunciou à Justiça, no dia 14 de maio, quatro pessoas envolvidas no desaparecimento de uma mulher. A pedido da PIP de Petrópolis, o Juízo da 2ª Vara Criminal da Comarca de Petrópolis decretou as prisões preventivas dos acusados. Os denunciados estão presos.

A vítima desapareceu em 29 de fevereiro deste ano, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio. De acordo com as investigações, o mentor do crime, funcionário da família das vítimas há aproximadamente três anos, aproveitando-se da confiança nele depositada pela família e do conhecimento sobre a sua rotina, arquitetou o plano criminoso e contou com o auxílio dos filhos e de uma mulher, com quem mantinha relacionamento amoroso, para sua execução.

De acordo com apurado, o idealizador do sequestro apresentou-se à família como policial federal, sem ser, no entanto, conquistando, de imediato, a sua confiança e, assim, passou a realizar a segurança pessoal dos seus integrantes, além de ter acesso irrestrito a cartões de crédito e às respectivas senhas.

A denúncia do MPRJ também destaca que o marido da vítima, sem conhecimento da verdadeira identidade dos sequestradores, pagou o resgate de aproximadamente R$ 4,6 milhões para libertá-la, o que, no entanto, não ocorreu até o oferecimento da denúncia.

Ainda segundo a denúncia, a vítima despareceu em 29 de fevereiro, mas somente em 14 de março o caso foi levado ao conhecimento da Polícia Civil. A ideia de não levar os fatos ao conhecimento das autoridades locais partiu do próprio funcionário das vítimas, retardando o início das investigações.

De acordo com as diligências investigatórias realizadas pelo MPRJ e pela Polícia Civil, o homem, idealizador do sequestro, e os demais acusados, foram os reais beneficiários do valor pago a título de resgate.

No dia do pagamento do resgate, o grupo criminoso adquiriu um veículo de luxo, avaliado em RS 500 mil, pagos em espécie. Além do veículo, uma motocicleta e 950 celulares foram adquiridos pelos acusados com o dinheiro obtido ilicitamente.

A inicial da ação penal também destaca que o marido da mulher desaparecida realizou mais de quarenta transferências bancárias por orientação do funcionário e em contas por ele indicadas para aquisição de dólares, também para pagamento do resgate.

A linha de investigação da Promotoria de Justiça e da 105ª Delegacia de Polícia aponta para suspeitas de que a vítima sequestrada foi assassinada pelo grupo e teve seu cadáver ocultado, motivo pelo qual as investigações prosseguirão em procedimento investigatório criminal próprio. Também há indícios da prática dos crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que serão devidamente apurados.

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