O Ministério Público Eleitoral (MPE) solicitou a anulação do registro de candidatura do vereador reeleito de Casimiro de Abreu, Pedro Gadelha (União), por alegações de compra de votos. A ação judicial, que acusa captação ilícita de sufrágio, mira o vereador e seu assessor parlamentar, Glauco Pereira da Penha.
De acordo com o MPE, no dia da eleição, a equipe do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) foi notificada sobre um homem numa moto branca que supostamente comprava votos no centro da cidade. Ele estaria distribuindo dinheiro e utilizando um imóvel para coordenar a lista de eleitores que teriam vendido seus votos, além de adquirir mais dinheiro para continuar a compra de votos.
O indivíduo foi detido em flagrante pela equipe do TRE-RJ, em parceria com o MPE, portando R$ 2,4 mil e uma lista com nomes, números de título de eleitor, zonas eleitorais e seções de votação de 14 pessoas. Segundo o MPE, também foram encontrados centenas de panfletos do candidato a vereador Pedro Gadelha.
Os documentos do processo indicam que Glauco Pereira da Penha, coordenador de atividade parlamentar e assessor de Pedro Gadelha, estava efetuando a compra de votos dos eleitores da 50ª Zona Eleitoral no dia da eleição, favorecendo o candidato a vereador, através da oferta de dinheiro. Os indícios presentes no caso são considerados conclusivos pelo MPE, que afirma não haver dúvidas de que o candidato praticou atos tipificados pelo art. 41-A da Lei 9.504/97, oferecendo bens ou vantagens em troca de votos.