Na manhã desta segunda-feira (27), uma mulher de 46 anos foi detida em Rio das Ostras após ser descoberta exercendo ilegalmente a profissão de terapeuta ocupacional. A falsa profissional, que atendia crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), estava utilizando documentos e diplomas falsificados para validar sua atuação. A operação foi conduzida pelo Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Crefito-2) e contou com a parceria da Polícia Civil da 128ª Delegacia de Rio das Ostras.
Segundo o Crefito-2, a mulher, que atendia na clínica localizada no bairro Atlântico, apresentava carteirinhas falsas do Crefito-2 e do Crefito-4, registros de Minas Gerais, para ingressar no estabelecimento. No entanto, ao verificar os números de registro, foi constatado que eles pertenciam a outra profissional, registrada em São Paulo, cujo vínculo foi desativado na década de 1990.
Além de responder por exercício ilegal da profissão, a mulher poderá ser indiciada por falsificação de documentos públicos e particulares, bem como por estelionato. Casos como esse alertam pais e responsáveis sobre a importância de verificar as credenciais dos profissionais que prestam atendimento terapêutico, especialmente no cuidado de crianças com TEA, que exigem uma abordagem especializada e qualificada.
O Crefito-2 orienta a população a sempre consultar a regularidade dos profissionais de saúde, uma vez que os registros podem ser verificados gratuitamente no site oficial do Conselho. Além disso, o Crefito-2 também disponibiliza um canal para denúncias de práticas irregulares, oferecendo uma maneira de garantir a qualidade e a segurança no atendimento à população.
Em 2024, o Conselho registrou um aumento alarmante de 300% nos casos de falsos terapeutas ocupacionais no Estado do Rio de Janeiro, o que torna ainda mais crucial a checagem das credenciais dos profissionais. O presidente do Crefito-2, Dr. Wilen Heil e Silva, enfatiza a importância das fiscalizações, especialmente no atendimento a crianças e adolescentes com TEA. "É fundamental que os profissionais sejam devidamente qualificados. Falsos terapeutas ocupacionais podem comprometer a evolução dessas crianças e colocar em risco o sucesso de seu tratamento", declarou o presidente.
A operação de detenção da falsa terapeuta foi realizada em parceria com policiais da 128ª DP, e a mulher foi encaminhada à delegacia, onde responderá pelos crimes cometidos.