Rio de Janeiro – Em uma ofensiva coordenada para frear o avanço territorial do crime organizado, a Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou, nesta quinta-feira (08), uma grande operação que resultou na prisão de Celso Luís Rodrigues, o "Celsinho da Vila Vintém", apontado como um dos traficantes mais perigosos do estado. A ação integra a "Operação Contenção", que tem como foco desarticular alianças entre facções do tráfico e milícias na Zona Oeste da capital fluminense.
A operação foi conduzida por agentes da 32ª DP (Taquara), da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC) e da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte).
— A prisão realizada hoje, do chefe de uma organização criminosa, demonstra o árduo trabalho da Polícia Civil em combater as facções que atuam no nosso estado. Não vamos recuar. Seguiremos com inteligência e estratégia para recuperar os territórios dominados por criminosos — afirmou o governador Cláudio Castro.
Com 52 anotações criminais, Celsinho é um dos nomes mais temidos no submundo do tráfico carioca. Mesmo após cumprir 20 anos de prisão e ser solto em 2022, ele voltou a liderar ações criminosas na Zona Oeste, mantendo uma rede violenta e estratégica, com envolvimento em rebeliões prisionais e parcerias com milicianos.
Além de sua prisão, a operação também cumpriu mandado contra o miliciano André Costa Bastos, o "Boto", e solicitou a prisão de Edgar Alves de Andrade, conhecido como "Doca" — ambos acusados de integrar a nova estrutura híbrida de milícia e tráfico.
O secretário de Estado da Polícia Civil, delegado Felipe Curi, destacou que o crime organizado aproveitou os últimos cinco anos para se estruturar e expandir. Agora, segundo ele, é hora de "retomar o controle".
— A "milicialização" do tráfico impulsionou a expansão das facções, que buscam explorar serviços dentro das comunidades. Hoje, com investigação e inteligência, demos um duro golpe em mais de um grupo criminoso — disse Curi.
A Operação Contenção é parte de uma política pública de segurança integrada, que pretende frear a expansão das facções, asfixiar financeiramente os grupos criminosos e intensificar a apreensão de armas e drogas.