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CPMI dos Atos Golpistas

Dino diz que não tinha autorização para usar FN no 8 de janeiro

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, argumentou que não poderia usar a Força Nacional na Esplanada dos Ministérios no dia 8 de janeiro sem uma autorização expressa do Governo do Distrito Federal (GDF).


Foto: Reprodução internet

O ministro da Justiça e Segurança PĂșblica, FlĂĄvio Dino, argumentou que não poderia usar a Força Nacional na Esplanada dos Ministérios no dia 8 de janeiro sem uma autorização expressa do Governo do Distrito Federal (GDF). A Força Nacional é a força de segurança que fica à disposição da pasta.

Dino alegou que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, em setembro de 2020, que o emprego da Força Nacional precisa de anuĂȘncia do governador sob pena de violar "o princĂ­pio da autonomia estadual".

A manifestação de Dino se deu por meio de ofĂ­cio tornado pĂșblico nesta quinta-feira (31) e encaminhado à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Atos Golpistas (CPMI). O ofĂ­cio é uma resposta a parlamentares da comissão que questionam o motivo de Dino não ter usado a Força Nacional na defesa das sedes dos TrĂȘs Poderes nas manifestações antidemocrĂĄticas de 8 de janeiro.

No ofĂ­cio, o ministro da Justiça disse que em acordo com a Secretaria de Segurança PĂșblica do Distrito Federal, no dia 7 de janeiro, a Força Nacional atuaria apenas na segurança do PalĂĄcio da Justiça e na sede da PolĂ­cia Federal (PF).

Porém, no mesmo dia 7 de janeiro, às 18h51, a PF sugeriu ao ministro, por meio de ofĂ­cio, que ele autorizasse o uso da Força Nacional devido às caravanas de ônibus com destino a BrasĂ­lia com manifestantes que teriam a intenção de "tomar o poder", segundo a PF.

Atendendo a sugestão da PF, o ministro FlĂĄvio Dino publicou portaria autorizando o emprego da Força Nacional, às 19h11, do dia 7, e comunicou ao GDF.

Porém, de acordo com ofĂ­cio do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, encaminhado por Dino à CPMI, a autorização para o uso da Força Nacional da Esplanada só foi dada às 17h29 do dia 8 de janeiro, quando os prédios jĂĄ estavam invadidos.

FlĂĄvio Dino concluiu o ofĂ­cio afirmando que "jamais poderia cometer abuso de autoridade confrontando uma decisão do STF, sendo absolutamente fantasiosa e esdrĂșxula a menção à 'omissão'. Em vez disso, todas as providĂȘncias cabĂ­veis, no âmbito das competĂȘncias legais, foram tempestivamente adotadas".

Repercussão

A oposição rejeitou os argumentos do ministro FlĂĄvio Dino. Para o senador Sérgio Moro (União-PP), a decisão do STF sobre a necessidade de autorização do governo local não poderia ser usada para Esplanada dos Ministérios porque a decisão do Supremo abordava o uso da Força Nacional na Bahia.

"Ainda que nós pudéssemos dizer que existe uma questão jurĂ­dica a ser resolvida, o fato que essa CPMI revelou é que tinham quatro pelotões de choque Força Nacional de Segurança PĂșblica no estacionamento do Ministério da Justiça, e ali se tinha presente a visualização, inclusive, da invasão do Congresso, da invasão do Planalto", destacou.

O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) rebateu o argumento de Moro e defendeu que a oposição quer fazer "uma cortina de fumaça" para transferir a responsabilidade pelo dia 8 de janeiro para o governo federal.

"Foram grupos bolsonaristas que vieram até aqui na tentativa de golpe. Ora, é incrĂ­vel que o ministro Dino quisesse que essa quebradeira acontecesse e a tentativa de golpe? É óbvio que não, porque quem tinha ganhado a eleição era o presidente Lula. Interessava isso a quem perdeu as eleições, a Jair Bolsonaro", sustentou.

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