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Região Serrana

Petrópolis - tragédia já deixa 120 mortos e 116 desaparecidos

No fim da tarde de quinta (17), voltou a chover forte na região, e as buscas a desaparecidos foram suspensas

Equipes deixam morro por causa da chuva - Foto: Marcos Serra Lima/g1 Rio
Equipes deixam morro por causa da chuva - Foto: Marcos Serra Lima/g1 Rio

Sirenes no Morro da Oficina, um dos locais mais devastados pela tempestade que destruiu parcialmente Petrópolis, voltaram a tocar na madrugada desta sexta-feira (18). Sons de alerta eram intercalados com pedidos para moradores buscarem um lugar seguro. Até a última atualização desta reportagem, não havia informações de novos deslizamentos nesta sexta.

Este é o quarto dia de buscas. O número de mortos chegou a 120, segundo o Corpo de Bombeiros. Dos 117 corpos que estavam no Instituto Médico-Legal (IML), 77 são de mulheres e 40 de homens. Desses, 20 são menores e, ao todo, 57 corpos foram identificados. Veja quem são algumas das vítimas já reconhecidas.

Nesta sexta-feira (18), o tempo permanece instável em Petrópolis. Voltou a chover forte na noite de quinta, o que fez a Defesa Civil acionar as 14 sirenes do primeiro distrito, para aviso de previsão de chuva forte na região.

Por causa do mau tempo e do terreno instável, as buscas a desaparecidos foram suspensas à noite para garantir a segurança das equipes.

A Defesa Civil do município também disparou sirenes nessas localidades:

  • 24 de maio;
  • Ferroviários;
  • Vila Felipe — Chácara Flora 2;
  • Sargento Bohning;
  • São Sebastião — Adão Brand;
  • São Sebastião — Vital Brasil;
  • Siméria.

Novo deslizamento

Também na tarde de quinta, um novo deslizamento fez com que as autoridades retirasse as pessoas do bairro 24 de Maio. Uma moradora contou que uma barreira passou a um palmo da casa dela.

Segundo a Polícia Civil, foram feitos 116 registros de desaparecimentos, mas não se sabe quantos desses já foram encontrados.

A Delegacia de descoberta de paradeiros (DDPA) mandou quase todo seu efetivo para Petrópolis.

Quatro equipes passaram o dia fazendo uma varredura em hospitais, abrigos e escolas para identificar as pessoas desaparecidas.

"As pessoas que perderam entes queridos não têm condição de ir a uma delegado fazer registro de desaparecimento. Então, montamos esse mutirão, indo nos locais, para pegar nomes, dados, roupas que essas pessoas estavam usando na hora, tudo pra facilitar essas identificações", explicou a delegada Ellen Souto.

  • Cerca de 500 bombeiros trabalham nas buscas aos desaparecidos.

Resgates

Segundo a Secretaria Estadual de Defesa Civil, 24 pessoas foram resgatadas com vida e 705 pessoas foram encaminhadas para os 33 pontos de apoio montados na cidade em igrejas e escolas da rede pública municipal.

Entre os sobreviventes, os rodoviários que trabalhavam nos dois ônibus que foram arrastados para dentro do rio Quitandinha conseguiram sair dos veículos com vida.

A informação foi divulgada pelo Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Petrópolis (Setranspetro) nesta quinta-feira (17).

Segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta, permanece muito alta a possibilidade de ocorrência de eventos de movimentos de massa na Região Serrana do Rio, especialmente em Petrópolis.

Ainda de acordo com o Cemaden, estes fatores indicam um elevado nível de umidade do solo que pode favorecer a ocorrência de deslizamentos de terra mesmo na ausência de chuva.

Na manhã desta quinta, foram publicadas duas medidas no Diário Oficial do Rio de Janeiro para ajudar o município. O pagamento do IPVA e do ICMS foram prorrogados para o segundo semestre e a Alerj vai repassar R$ 30 milhões para a prefeitura de Petrópolis.

O governador Cláudio Castro (PL) esteve na cidade da Região Serrana na quarta-feira (16). Ele concedeu uma coletiva ao lado do prefeito Rubens Bomtempo e do secretário de Estado de Defesa Civil, Leandro Monteiro.

  • Corpo da filha de mulher que usou enxada para buscar parentes em Petrópolis é reconhecido

"Foi a pior chuva desde 1932. Realmente, foram 240 milímetros em coisa de duas horas. Foi uma chuva altamente extraordinária", atualizou o governador.

Segundo Castro, o temporal em Petrópolis uniu 'tragédia histórica' e 'déficit que realmente existe'.

Fonte: G1

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