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Rio de Janeiro

Com quase 80 anos, Regina Gutman volta aos palcos em espetáculo que enaltece a velhice

Monólogo fica em cartaz durante os finais de semana de agosto no Teatro Dulcina

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Com texto e interpretação de Regina Gutman, que volta aos palcos aos 79 anos, o Teatro Dulcina, no Centro do Rio de Janeiro, recebe o monólogo "Instruções para descer uma escada". A peça, que tem direção de Sidnei Cruz, estreia dia 04 de agosto – com apresentações às sextas, sábados e domingos ao longo de todo mês – e fala sobre a beleza, a fragilidade e a potência do envelhecer. O texto é baseado nos escritos da atriz registrados em seu caderno de anotações durante a pandemia, no qual a memória e a ficção se fundem a citações livres e vivências artísticas com a dança, teatro, cinema, poesia, filosofia e literatura.

Em contraponto ao corpo frágil, assumindo planos e posições desafiadoras para uma pessoa da sua idade, a atriz coloca em cheque o etarismo; preconceito relacionado à idade. A presença ativa de Regina Gutman no palco, se desdobrando em facetas, confirma o aforismo de Antônio Negri, citado em uma das cenas: "a velhice não é uma aproximação da morte, mas sim um gozo diferente da vida, de todos os pontos de vista".

O espetáculo, um delicado solo portátil, propõe uma atmosfera íntima e envolvente entre palco e plateia, criando uma cumplicidade de segredos compartilhados pela atriz octogenária. O texto reúne fragmentos de livros, autores e artistas que influenciaram a atriz ao longo da vida e de mais de 60 anos de carreira. Entre eles, o miniconto de Julio Cortázar, publicado no livro "Histórias de Cronópios e Famas", que inspirou o nome do espetáculo.

Nos últimos anos, Regina realizou diversos trabalhos e participações no cinema, TV e em webséries, como o Porta dos Fundos, mas desde 2016 não atuava no teatro. O retorno aos palcos no pós-pandemia é uma conquista especial para a atriz. "Se não fosse a arte, que sob várias e criativas formas foi possível fazer nesse trágico período, não teríamos sobrevivido. Mas a alegria de estar no teatro de novo, foi, é e sempre será única", diz Regina.

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