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Rio de Janeiro

PF apura se policiais civis presos por tráfico também venderam 29 fuzis apreendidos a outra quadrilha

Divulgação -16 toneladas de maconha
Divulgação -16 toneladas de maconha
Apreensão e venda teria sido represália à quadrilha rival à que comprou as armas que não pagou resgate por preso, como queriam os policiais. Grupo de policiais foi preso nesta quarta por traficar 16 toneladas de maconha. Polícia investiga se fuzis apreendidos na Penha eram parte de arsenal vendido por policiais para facção.

Policiais civis presos nesta quinta-feira na Operação Drake, da Polícia Federal e do Ministério Público do Rio (MPRJ), teriam vendido fuzis apreendidos para uma facção, como represália a uma quadrilha que não tinha pago um resgate para a liberação de um preso. A informação consta na denúncia do MPRJ.

De acordo com um relatório de inteligência, a equipe da Delegacia de Repressão a Roubos e Furcos de Cargas (DRFC) exigiu R$ 500 mil para liberar um homem que teria sido preso e conduzido à Cidade da Polícia.

No entanto, em razão de não ter recebido o valor integral, como forma de vingança, em momento posterior, a equipe da DRFC teria apreendido 31 fuzis da facção e vendido 29 para a facção rival. Depois, teriam formalizado a apreensão de apenas 2 fuzis e drogas.

A apreensão foi apresentada dia 17 de julho, como tendo sido realizada no Complexo da Penha, Zona Norte do Rio. Os agentes também apresentaram 200 kg de maconha e 20 kg de pasta base de cocaína.

Um policial procurou a PF e denunciou o esquema. Um relatório da civil foi enviado para a PF afirmando que houve uma apreensão de fuzis, mas apenas 2 foram apresentados.

Segundo a denúncia, os policiais teriam usado a inteligência da civil para apreender armas e extorquir dinheiro de traficantes.

PF e MPRJ prendem 4 policiais civis e 1 advogado por tráfico de drogas

Os policiais civis teriam montado uma operação e foram para a Vila Cruzeiro porque descobriram pela inteligência que as armas estavam sendo mantidas na comunidade.

Os quatro policiais civis e um advogado foram presos por tráfico de drogas nesta quinta.

As investigações apontam que há 2 meses os 4 agentes, então lotados na DRFC, venderam 16 toneladas de maconha para o Comando Vermelho, a maior facção criminosa do RJ. Os suspeitos teriam, inclusive, escoltado a carga até uma favela dominada pelos traficantes.

Os cinco mandados de prisão foram expedidos pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Resende. Agentes foram atrás dos alvos da operação em endereços na capital fluminense e em Saquarema. Um dos locais é a Cidade da Polícia, onde fica a DRFC, na Zona Norte.

Quem são os presos

Alexandre Barbosa da Costa Amazonas, ex-agente da DRFC;

Eduardo Macedo de Carvalho, ex-agente da DRFC;

Juan Felipe Alves da Silva, ex-chefe do setor de investigações da DRFC;

Leonardo Sylvestre da Cruz Galvão, advogado;

Renan Macedo Guimarães, ex-agente da DRFC.

Os policiais presos não trabalhavam mais para a DRFC desde setembro, quando houve uma troca de comando na especializada, sendo realocados em diferentes unidades.

Flagrante na divisa

De acordo com a PF e o MPRJ, em 8 de agosto deste ano, duas viaturas da DRFC abordaram na divisa de São Paulo com o Rio de Janeiro um caminhão — que já vinha sendo monitorado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) — com 16 toneladas de maconha.

"Após escoltarem o caminhão até a Cidade da Polícia Civil, os policiais civis negociaram, por meio de um advogado, a liberação da carga entorpecente e a soltura do motorista, mediante o pagamento de propina", afirmou a PF, em nota.

Ainda segundo a Polícia Federal, no dia 9 de agosto "três viaturas ostensivas da DRFC escoltaram o caminhão até os acessos de Manguinhos. Em seguida, a carga de maconha foi descarregada pelos criminosos".

"O nome da operação remete ao pirata e corsário inglês Francis Drake, que saqueava caravelas que transportavam material roubado e se julgava isento de culpa em razão da origem ilícita dos bens", explicou a PF.

O que diz a Polícia Civil

"A Corregedoria-Geral de Polícia Civil apoiou a ação para cumprimento das ordens judiciais e está instaurando Processos Administrativos Disciplinares (PADs).

A Polícia Civil reforça que não compactua com nenhum tipo de desvio de conduta e atividade ilícita, reiterando seu compromisso de combate ao crime em defesa da sociedade."

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